domingo, 30 de março de 2008

Lembra de quando a gente escrevia músicas?
De quando a gente fica sonhando
E falando dos meninos que passavam?
Saudade de criar dança
De ver a cara de espanto dos outros
Só por que estávamos rindo
De admirar o mundo pelo muro
De olhar pro alto e fazer pedido às estrelas
O banho de chuva lavando a alma
Os Caminhos mudando o curso do rio
Que ainda correm paralelos
Não se sabe até onde vão
Quem sabe algum dia a gente se encontra
Pra mostrarmos uma para outra, os nossos filhos.
Quem sabe algum dia a gente vá para praia
Relembrar o que já vivemos
Admirarmos mesmo que pela última vez
As estrelas brilhando, como sempre fizeram, e a gente tinha esquecido.
Tomar banho de chuva fina
Depois da tempestade passada
Quem sabe um dia a gente possa se encontrar
E contarmos sobre a nossa vida
Sobre as nossas chuvas, nossos contos e músicas.
Contarmos sobre o nosso tempo
Sobre o que pensamos e o que fizemos
Contarmos para alguém
Que vire para nós e diga
Nossa: Quando eu crescer quero ter uma amizade igual a de vocês!

terça-feira, 18 de março de 2008

alma de teatro

Vamos lá!
Vamos viver,
vamos ser
atores, atrizes
do palco a saudade bate forte
de todas as luzes dos holofotes
dos rostos das pessoas
risadas e choros
Vamos lá
Vamos rever nossos conceitos
De tudo o que você um dia acreditou
No palco não é assim
Não é nem você
E quem é não existe
Isso é o que eu gosto
esse é o meu destino
venha comigo,
vamos teatrar !!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Fugindo

Fugindo de quem se é
Fugindo de quem se vê
Fugindo de quem ainda nem viu
Pra quer esperar?
Nada vai mudar
Talvez já esteja tudo lá
Você vai me buscar?
Não sei ser diferente, nem quero.
Pra quê?
Pra ser questionada?
Não, obrigada
Prefiro ficar aqui
Correndo contra o vento
Junto com a areia do deserto que nunca vi
Ou acompanhada pelas águas do mar
Se quiser, pode vir.
Mas vai ter que me acompanhar.
Eu não espero
Mas é bom me ter por perto
Sou diferente dos demais
Sei agir, sei defender.
Amo o meu jeito de viver
Camuflagem? É comigo mesmo.
Olhe em meus olhos, viu?
Sou lobo
Olhe para meu rosto
Sou flor.
Olhe para a minha alma,
Sou borboleta.
Adeus, nunca mais irá me ver.
Se a brisa soprar, irá lembrar de mim.
Daquela a qual você preferiu ver partir
Por medo de se machucar no vôo

A Princesa e o Menestrel

Boa noite
Seja embalado pelos encantos do conto de fadas
Das princesas e dos menestréis apaixonados
Saia no meio da floresta em busca de aventura
A cada árvore passada
Cada chão pisado
Você nunca sabe o que vai encontrar
O medo da morte em cada olhar
Quem sabe ela não está lá?
Você vai contornar ou pular o rio?
Cuidado com os dragões que te espreitam,
Não falo do animal, mas do dragão que te acompanha no fundo do coração das outras pessoas.
Elas não querem te ver chegar
Fuja!Corra, saia daí.
Busque aquele a quem confiar no meio da multidão
Ele será o único a te estender a mão.
Nos campos de visão, além da sua imaginação, lá está, seu próprio irmão.
Um chá para acalmar, uma noite bem dormida.
Pra começar a vagar, novamente, em passos curtos.
E quando chegar a avistar o alto do castelo
Com a torre a brilhar
Lá estará ela a te esperar
Você conseguiu voltar
Quando o matrimônio celebrarem, e os filhos chegarem.
Verás um pouco de si em cada um deles
Um pedaço do seu ser
O envolver da magia e das almas
O amor às artes e o espírito aventureiro.
A alegria de viver
A força e justiça, a vontade de vencer.
A educação com outros, a admiração às coisas belas da vida.
Sem se deixar iludir pelas palavras.
E finalmente quando desse mundo partir
E rever o que construiu
Poderá acordar, descansado.
Feliz com o que acabou de imaginar.

domingo, 16 de março de 2008

sábado, 15 de março de 2008

Infância

Sopa de ervilha
Chuva, frio
Filme e pipoca
Tudo com os amigos
Tudo como na infância
De praia, de acampamento.
De ficar em cima do morro vendo o entardecer
Vendo os pássaros
Fugindo de abelhas
Comendo frutas no pé
Risadas em volta da fogueira
Palavras melodiosas
Músicas no violão
Vozes de meninas
Calções passantes
Biquíni tamanho ‘P’
Sorvete de graviola
Com sabor de lanche da tarde junto com a avó
Lembranças passadas de pai pra filho
Deixando na boca, o gosto de querer mais
De voltar atrás
E ter muito mais
Sol, lua, mar.
Amor, calor, chocolate quente.
Infância de meus velhos pais.
Quem diria que o teatro traria tantas coias boas
Quem diria que traria amizades,
pessoas inesquecíveis
Tão difícil de ficar longe
Tão fácil de sentir saudade
Tão bom poder dizer - essa é minha amiga !
Pessoas como você, que nos fazem sentir melhor
Que nos deixam um vazio quando não estão por perto
Que nos fazem lembrar, que a amizade existe
E ela transcende aos tempos
Assim como nossas almas
Que amadurecem a medida que ganham coisas de valor
Assim como o te conhecer, o poder conviver e admirar você, Priscila.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Não queira me entender
Com eu disse um dia pra você
Eu sou assim
Invento, crio, nada igual as outras que você se acostumou a ter por perto
A mim você têm de longe
Só chego quando eu quero
Aprendi a ser assim
Aprendi a te encantar no palco sem que possa me tocar
Sou muitas, sou atriz.
Sou borboleta que você não pode pegar
É só esperar que ela vêm.
Sou libélula, esquisita, você pode achar, eu chamo de diferente.
E você irá concordar comigo de que é misteriosa
Sou jasmim, tão perfumada e cheia de estórias pra te envolver.
Cheia de cores pra te seduzir.
Quero ver se é bom ter você
Se não é como os outros que só querem me aprisionar
Sou pássaro, amo a minha liberdade e sou mais bonita solta ao vento
Sou como música boa de se ouvir.
Sou Clarissa

Se homem é tudo igual, por que a gente escolhe tanto?

Bom, se você se aprofundar no assunto poderá observar que existem diversos tipos de garotos assim como diversas marcas, sabores e tipos de biscoitos.

A começar pelo biscoito que combina contigo, ou seja, aquele que você não compra ou têm vergonha de comer porque é infantil demais.
Outros pelos quais você nem se interessa por serem sem-graça, nunca mudam.
Uns que são da hora, ou seja, são divertidos, mas só isso! Esses se parecem com biscoitos engraçadinhos, que você olha acha fofinho e deixa pra lá.

Agora vamos às formas:
Temos os em forma de coração (que romântico!)
E outros quadrados... (sem comentários)
Os redondos, que pra você agarrar quando ele escapa é uma desgraça!
E os secos – é bom, é levinho e têm menos calorias.

Sabores:
Picante! Nas melhores horas, lá está ele a sua espera sempre pronto
Pitzza! É bom pra festas e reuniões entre amigos
Doce, é o mais procurado mas também o mais enjoativo.
E água e sal – geralmente você saboreia na beira da praia e proximidades
Chocolate – bom!
Baunilha – artificial demais.

Vamos passear um pouco pelas embalagens:
Bonitas – às vezes tanto por fora quanto por dentro, outros só por fora, outros só por dentro.
Feios – mas às vezes bonitos por dentro ( o negócio é ignorar a embalagem )
De marca boa, mas nem sempre com gosto bom.
De marca ruim que de vez em quando um erro (?) nos ingredientes revela um sabor surpreendentemente, bom!
Os de embalagem escura – você nunca sabe o que têm dentro.
Os de embalagem clara – muito bom! Se estiver estragado, da pra ver antes de comprar.
Biscoitos tímidos – oh embalagem difícil de se abrir!
Têm uns que têm a embalagem bonita, mas estão quebrados por dentro, você nunca consegue remontá-los.
Outros com embalagem amarrotada,você consegue ajeitar um pouco, se tiver sorte ainda estarão inteiros por dentro.
E finalmente os de embalagens sem nada amassado, bonitos por dentro e por fora, inteiros, tudo na medida certa, aquele que você sabe que se comprar não vai se arrepender e vai virar fã, ou seja, os biscoitos perfeitos que você só acha uma vez nas prateleiras da vida.

P.S: Acho que vou fazer ponto na frente da fábrica.


Autora: Clarissa M. Guerato.
Rio de Janeiro, quinta feira, 13.03.08

Sobre Teatro

"O Teatro revive do atores, do tablado, do público e de uma paixão entre eles. E eu amo os atores, atrizes e o público por esse poder. E quero morrer nesse palco onde se dá essa viva alquimia. E peço mais: Quando meu corpo descer a terra, minha alma não suba aos céus. Fique aqui perambulando por essas cortinas, sentada em uma dessas cadeiras, fazendo estalar o assoalho quando meu espírito passar sobre ele até o final dos tempos. E no fim do fim, meu Deus que eu saia daqui direto pra o seu seio, se é que estando no palco, eu já não estarei nele."
(Galpão)