sexta-feira, 30 de maio de 2008

Quem não sabe seu nome
Nem seu rosto,
Mas desenha na lembrança
De dias felizes ao teu lado,
Do gosto da rosa
Às amargas águas do mar
No barco Solidão.
A lua que te espreita e estanca teu sangue
Que escorre pelos dedos
Mesmo na dor, o cheiro da flor vem te aliviar.
E já segue o canto de alguém a quem você pertence
E que é dona de sua dor, terra, mar e alma.

Lobos da noite

O lobo espreita o amanhecer
O cheiro da carne e do pão
Os olhos em chamas de sede de amor
A luz da lua ainda iluminando a cama
Sussurro entre bocas
O ar se acalma
O sol nasce no horizonte
Já não há mais rastros
Dos que passaram a noite aqui.
Nada mais se conta,
O que passou, foi esquecido.
E só será lembrado
Quando a noite novamente chamar seus lobos.